Para crescer de forma acelerada, não basta contratar mais pessoas para trabalhar. O desafio do mercado e das industrias brasileiras agora é produzir mais com menos. A solução é investir em inovação!
Nos últimos anos, vivemos a mais aguda recessão da economia brasileira, pelo menos desde 1900 ou desde quando há dados disponíveis para estudos. E, razões para atingirmos esse patamar é o que não faltaram.
Ainda mais grave, a intervenção crescente do governo nas mais diversas áreas e setores da economia criou, em muitas indústrias, a ilusão de que uma relação harmônica com o governo poderia ser mais importante e lucrativa do que investir em inovação. Triste engano!
Com a recuperação já dando os primeiros sinais de talvez ter começado e devendo se manter por alguns anos apenas com o resgate da confiança, diante da transição politica e do ajuste fiscal. O risco é de que, mais uma vez, governo e indústrias deixem de lado os ajustes de competitividade, sendo que são esses ajustes de Planejamento Estratégico que tornam indústrias líderes regionais, nacionais ou até globais em seu setores.
As Indústrias Brasileiras: Empresas de Bananas ou de Inovadores?
Bananas e outras commodities são produtos com pouco ou nenhum diferencial competitivo, por isso, podem ser substituídos pelo produto do concorrente com a maior facilidade.
A aceleração e a rápida disseminação dos avanços tecnológicos tem colaborado para uma commoditização generalizada. No passado não muito distante, uma indústria que lançava um novo produto desfrutava por mais tempo uma vantagem significativa comercialmente.
Atualmente, na maioria das vezes, nossos concorrentes conseguem lançar produtos similares ou até melhores em prazos cada vez mais curtos.
Existe uma necessidade real das indústrias brasileiras focarem e criarem processos, ambientes mais automatizados e robotizados incentivando a inovação. Por que a indústria brasileira, em particular, deve entrar em um ciclo de recuperação nos próximos anos, mas elas só serão sustentáveis a longo prazo por políticas de incentivo a competitividade e inovação.
Inovar sempre é preciso. Hoje, ainda mais!
O maior desafio agora é produzir mais com menos pessoas envolvidas no processo fabril. Em resumo, não só está cada vez mais difícil manter diferenciais em relação à concorrência, mas, sem esses diferenciais, as indústrias brasileiras estão condenadas a crescerem menos ainda.
A solução é inovar!
Pode ser na forma de atender o cliente, oferecendo consultoria para uma solução de suprir a necessidade do seu cliente junto a aplicação ideal do seu produto, até mesmo automatizar os processos de produção. De qualquer forma, será necessário mudar a forma de encarar seu próprio negócio.
Saia da Caixa! Pense de forma estratégica competitiva
Com a alta dos salários nos últimos anos, encargos e protestos trabalhistas, rescisões de quadro de funcionários, acidentes no chão de fábrica, ausências por atestado médico, levará gradativamente o comportamento das indústrias brasileiras substituírem funcionários humanos por máquinas robotizadas e automatizadas.
Com a Industria 4.0 está cada vez mais trazendo inovação e acesso a tecnologias que envolvem todo setor industrial no Brasil, as máquinas robotizadas e automatizadas estão cada vez mais de fácil acesso e baratas, o que somado com o crescimento econômico mais lento, deve elevar a taxa de desemprego brevemente.
O que fazer neste caso? O que você faz melhor que os outros? Qual o seu diferencial competitivo? O que lhe torna único aos olhos de quem o contrata? Responder a todos esses fatores também é inovar!
Industrias do Brasil, uni-vos!
O mau desempenho recente da indústria pode surpreender, dada a forte alta do dólar, o que deveria estimular as nossas exportações e reduzir as importações, já notamos impacto!
Ao contrário do que muitos imaginam, a produção da indústria brasileira costuma cair quando o dólar aumenta, aliás como está acontecendo neste momento. Consequentemente a produção aumenta quando o dólar cai.
Isso é contra intuitivo, porque um dólar mais alto torna nossas exportações mais competitivas e os produtos importados mais caros, favorecendo a indústria nacional.
Consequentemente e, por mais incrível que pareça, as indústrias no Brasil costuma ter desempenho melhor em momentos de dólar em queda e pior em momentos de dólar em alta. Mas por que isso ocorre?
É muito simples: Porque quando o dólar está baixo e a competitividade da indústria também, mesmo um mercado interno forte não garante um bom desempenho da indústria, porque parcelas cada vez maiores de demanda interna passam a ser supridas por importações, não beneficiando a nossa indústria.
O reverso ocorre quando o dólar está em alta, neste caso a indústria consegue aproveitar-se da melhora do mercado interno, que normalmente acompanha movimentos de dólar em queda.
O Marketing Industrial B2B e o ambiente da Industria 4.0
O cenário político e econômico atual dá ao Brasil a possibilidade de cuidar de todos esses ajustes nos próximos anos em um ambiente da Industria 4.0 bem mais favorável do que tivemos nesses últimos anos.
Isso significa que não podemos, em hipótese alguma, razões para postergarmos essas reformas de Marketing Industrial B2B. Aliás, se já tivéssemos feito isso, não teríamos a desindustrialização do país que acabamos vivendo nos últimos anos.