A quarta revolução industrial, ou Indústria 4.0, vem tornando os processos produtivos mais eficientes, autônomos e customizáveis. É o que se chama de “fábrica inteligente”, já que é marcada por computadores que se comunicam entre si para tomar decisões sem envolvimento humano.
Nesse contexto, é claro que acompanhar as tendências do setor e compreender as principais tecnologias da Indústria 4.0 e seus impactos nos negócios é essencial para as empresas que visam se consolidar no mercado frente às transformações digitais.
Vamos conferir como esse cenário está se desenhando e quais são os próximos passos que daremos (ou seremos forçados a dar) no século XXI.
Tendências que irão impactar positivamente o crescimento dos negócios até 2022
O Fórum Econômico Mundial (World Economic Forum), entidade renomada que reúne os principais líderes empresariais do planeta, produziu, em 2018, um relatório muito completo sobre o Futuro do Trabalho (Future of Jobs Survey). Nele, fica claro que a velocidade das transformações que a indústria 4.0 impõe é constante e só tende a aumentar.
O estudo foi criado a partir de entrevistas com mais de 13 milhões de profissionais de nove grandes setores, em 15 mercados emergentes (dentre eles, o Brasil) e desenvolvidos. Dentre as informações trazidas pelo relatório, uma delas merece nosso destaque: as principais tendências que irão impactar positivamente o crescimento dos negócios até 2022.
Veja quais são elas:
• Aumento da adoção de novas tecnologias;
• Aumento na disponibilidade de big data;
• Avanços na internet móvel;
• Avanços na inteligência artificial;
• Avanços na tecnologia de nuvem.
Mesmo sabendo da relutância da indústria nacional em inserir novas tecnologias, das barreiras burocráticas, da falta de informação e do receio de mudanças de grande parte dos empresários, percebemos o quanto é importante compreender que estes avanços citados tem impacto positivo nos negócios.
Novas tecnologias que as Indústrias brasileiras pretendem adotar
O mesmo relatório do Fórum Econômico Mundial, aponta que, de acordo com as intenções de investimento das empresas entrevistadas, até 2022, 85% das companhias terão expandido a adoção de novas tecnologias para análise de dados.
Quanto à adoção de tecnologias “emergentes” por parte das indústrias brasileiras, o estudo aponta dados muito relevantes. Veja a participação de empresas que afirmaram que pretendem adotar as tecnologias abaixo:
- Big Data Analytics: 92%
- Aplicativos habilitados para e-commerce: 82%
- Machine Learning: 79%
- Internet das Coisas (ioT): 79%
- Realidade Aumentada e Virtual: 70%
- Computação em nuvem: 69%
- Blockchain: 55%
- Impressão 3D: 49%
Sem dúvida, o foco da implementação dessas tecnologias é visar o ganho em eficiência e produtividade na indústria.
Para as empresas, a indústria 4.0 traz muitas oportunidades. Por exemplo, as novas tecnologias permitem, fazer manutenção preditiva de aparelhos ao instalar sensores nas fábricas que os conectam e monitoram tudo, em tempo real, o que está acontecendo. Dessa maneira, é possível identificar e monitorar problemas antes mesmo que eles se materializem e causem falhas na produção.
Os benefícios da indústria 4.0 se estendem a diversos setores da economia. Na indústria farmacêutica, por exemplo, há espaço para o desenvolvimento de tecnologias voltadas à análise em tempo real, que controlem o consumo de reagentes, mão de obra e outros recursos. Ao mesmo tempo, existe possibilidade de automatizar os processos de controle de qualidade, análise de riscos e investigação de desvios.
Viu quantas possibilidades? Em vez de temer a indústria 4.0 e a tecnologia, é preciso se antecipar aos desafios que a essa realidade traz e pensar em formas de potencializar seus impactos positivos.
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Henrique Morbi
Publicitário graduado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e especialista em Gestão de Negócios pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Atua como Diretor de Atendimento na agência iD. 360/biz, como Presidente de Imagem Pública do Rotary Club São Paulo Vila Alpina e como Facilitador de Inovação e Palestrante do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.
