Os 7 Maiores Desperdícios no Sistema Lean Manufacturing

O SISTEMA LEAN MANUFACTURING é focado na satisfação do cliente e em todas os seus processos AGREGAR VALOR ao cliente final é sempre o maior objetivo.

Vamos entender primeiramente o significado de AGREGAR VALOR

O que AGREGA VALOR é tudo o que transforma os materiais ou informações no que o cliente deseja e, portanto, está disposto a pagar. 

O exemplo é quando necessitamos fazer um furo em uma peça, utilizamos uma furadeira com broca. O processo de furar segue as seguintes atividades: Fixamos a peça na bancada da furadeira, escolhemos a broca com o diâmetro correto, fixamos a broca no mandril da furadeira, ligamos a furadeira, aproximamos a broca da peça, quando começar a sair cavaco significa que iniciamos o furo. Depois elevamos a furadeira para retirar a broca de peça e desligamos a furadeira. Soltamos a peça da bancada e medimos o diâmetro para ver se está correto. Nestas atividades todas o que AGREGOU VALOR foi quando estava saindo cavaco para fazer o furo, que levou pouco tempo em comparação com as outras atividades.

O que NÃO AGREGA VALOR são as atividades que consomem tempo e recursos, mas não contribuem diretamente no que o cliente deseja, porém nem sempre podemos eliminá-las totalmente sendo que algumas são necessárias, porém devemos tentar diminui-las.

O QUE NÃO AGREGA VALOR É DESPERDÍCIO E TEM QUE SER ELIMINADO

Os DESPERDÍCIOS NÃO AGREGAM VALOR

Desperdícios NÃO AGREGAM VALOR, destroem vantagens competitivas, não trazem benefícios e, se não atacados, tendem a crescer. Por que crescem? Porque somos obrigados a desenvolver sistemas de monitoramentos para controlá-los, o que significa novamente atividades que NÃO AGREGAM VALOR.

A figura abaixo mostra a relação das atividades que agregam valor versus as que NÃO AGREGAM VALOR. Normalmente nos processos industriais, somente de 1 a 5% das atividades AGREGAM VALOR. Cerca de 55 a 65 % NÃO AGREGAM VALOR e 30 a 35% NÃO AGREGAM VALOR, MAS SÃO NECESSÁRIAS.

A redução ou eliminação dos DESPERDÍCIOS reduz os custos e permite maior agilidade e qualidade 

QUAIS OS MAIORES DESPERDÍCIOS NO SISTEMA LEAN MANUFACTURING?

Eles são 7, 

  1. EXCESSO DE PRODUÇÃO
  2. EXCESSO DE MATERIAIS 
  3. EXCESSO DE PROCESSAMENTO
  4. EXCESSO DE TRANSPORTE
  5. EXCESSO DE MOVIMENTOS
  6. EXCESSO DE ESPERAS
  7. PRODUTOS DEFEITUOSOS

Vamos entender o significado de cada um deles:

EXCESSO DE PRODUÇÃO

Produção à maior do que o solicitado para aproveitamento da linha estar preparada, consumir toda matéria prima existente etc. correndo o risco de ter o excesso não solicitado pelo cliente, ou alterações do produto, necessitando de espaço e controles adicionais 

EXCESSO DE MATERIAIS

Estoque de produtos acabados, em processo, ou de matérias primas. Exigem controles, área, pessoal para administrar e manuseio, complicando o JIT e FIFO

EXCESSO DE PROCESSAMENTO

Produção com equipamentos que excedem a capacidade necessária, ocupando, pessoal, espaços, outros recursos para realizar operações simples, ou equipamentos simples para realizar operações complexas

EXCESSO DE TRANSPORTE

O que de produtos acabados processo, ou matérias primas. Exigem controles, área, pessoal para   Materiais ou embalagens, exigindo consumo de tempo, combustível pessoal e controles para a movimentação.

EXCESSO DE MOVIMENTOS

Movimento corporal não agregando valor e improdutivos: caminhar para buscar peça ou ferramentas, levantar materiais, carregar objetos ou embalagens etc.

EXCESSO DE ESPERAS

r Equipamento parado aguardando peças, pessoal, manutenção, ou pessoal parado aguardando peças, equipamentos etc.

PRODUTOS DEFEITUOSOS E FIFO

Interrompe o ciclo de produção, exigindo custos adicionais para a recuperação ou sucateamento do Produto – É O PIOR DOS DESPERDÍCIOS

Existe o OITAVO DESPERDÍCIO que é e NÃO UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE DO SER HUMANO, que foca na maior oportunidade de se obter novas ideias e sugestões dos próprios funcionários.

Engenheiro Mecânico de Produção (FEI) pós-graduado pela FGV. Especialista em LEAN MANUFACTURING, com aperfeiçoamentos adquiridos nos Estados Unidos com a Shin-Gijutsu e TBM Consulting Group. Conduziu vários trabalhos de Lean Manufacturing em países da América do Norte e América Latina. Trabalhou como executivo na Chrysler do Brasil, VWCaminhões, Black&Decker, Grupo Ultra, IOSHPE- Maxion e TBM América Latina como consultor e Managing Director. Fundador e Diretor da Máxima Produtivismo e Diretor da Divisão de Logística e Transportes do Departamento de Infraestrutura da FIESP. Foi considerado Importante Autoridade Mundial e Lean Manufacturing no México.