Simulação na Indústria 4.0: o que é e quais são suas vantagens?

A indústria 4.0 traz uma série importante de impactos e transformações para as fábricas. Trabalhando de forma inteligente, elas poderão ter aumento na produtividade, redução de custos, customização da produção e maior controle do processo produtivo.

Nesse cenário, a simulação na indústria 4.0 surge como um dos pilares dessa revolução. Você sabe o que ela é e conhece as suas vantagens? Para saber mais, acompanhe nosso artigo.

O que é simulação na indústria 4.0?

Uma simulação é um tipo de protótipo, que consiste em uma versão inicial de teste de um produto ou serviço. No contexto da indústria 4.0, o protótipo passa por uma evolução e se torna totalmente digital/virtual.

A simulação na indústria 4.0 caracteriza-se pelo uso de sistemas complexos, onde é possível prototipar produtos em um ambiente virtual, maximizando o processo produtivo.

Através de softwares específicos, é possível simular condições reais e cenários prováveis aos quais o protótipo pode ser submetido. Dessa forma, é possível analisar o desempenho do modelo virtual e entender o que pode ser modificado para aprimorá-lo, antes da implementação final.

A principal vantagem da simulação na indústria 4.0 é que ela evita gastos desnecessários. Ao invés de se dispor de um investimento para validar uma ideia, que pode ou não ser útil, os recursos são alocados apenas para ações já validadas.

Outro benefício perceptível, é que a simulação digital permite uma prototipação mais rápida do que aquela tradicional dos modelos físicos.

Como é feita uma simulação na indústria 4.0?

A simulação na indústria 4.0 segue um ciclo similar ao da prototipação tradicional:

  • Definição do problema;
  • Validação;
  • Melhoria;
  • Implementação;
  • Metrificação.

Basicamente, podemos dizer, então, que a regra para a simulação industrial é:

  1. Definir hipóteses;
  2. Testá-las por meio de software;
  3. Avaliar os resultados;
  4. Melhorar através de pesquisas de mercado,
  5. Implementar a melhoria no produto ou processo;
  6. Monitorar.

Exemplos de simulação na indústria 4.0

Indústrias que buscam melhorar processos podem usar softwares específicos que captam dados da produção, fazem análises de variáveis e de intervalos de tempo.

Em conjunto, esses indicadores podem apontar onde estão os gargalos da produção e, consequentemente, o que poderia ser feito para saná-los.

A efetividade dessa simulação na indústria 4.0 depende da quantidade e qualidade dos dados que alimentam os sistemas. Sendo assim, para colocar em prática essa metodologia, a fábrica precisa ter uma estrutura de dados já organizada, que os unifiquem e os padronizem.

Alimentados por essas informações estruturadas, os sistemas de simulação auxiliam a analisar o processo fabril de maneira integral. Com eles, é possível observar pontos específicos como estoque, peças e mão de obra, além de poder analisar a interação entre estes fatores, simulando melhorias.

Outro exemplo é uso de impressoras 3D na indústria 4.0. Com elas, é possível grande responsividade na geração de modelos físicos de produtos a serem validados.

Com protótipos 3D é possível promover diversos ciclos de experimentação e testes, até com os próprios consumidores. Isso permite que as mudanças no projeto de produção sejam mais assertivas, gerando valor real para os usuários.

Expectativa x Realidade

Embora seja do interesse de muitos empresários, a simulação na indústria 4.0 ainda precisa de investimento e de mais profissionais com conhecimento para implementá-la.

Segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as simulações e as análises com modelos virtuais estão presentes em apenas 5% das companhias. Esse número sobe para 10% quando incluídas as empresas de alta intensidade tecnológica.

Publicitário graduado em Publicidade e Propaganda pela Faculdade de Belas Artes de São Paulo e especialista em Gestão de Negócios pela ESPM – Escola Superior de Propaganda e Marketing. Atua como Diretor de Atendimento na agência iD. 360/biz, como Presidente de Imagem Pública do Rotary Club São Paulo Vila Alpina e como Facilitador de Inovação e Palestrante do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo.